As bibliotecas sempre foram espaços de preservação e transmissão de conhecimento que, com a mudança dos tempos, têm vindo a moldar-se de forma a acompanharem a evolução e a cativar os utilizadores que se foram afastando cada vez mais da leitura. O tema do Mês Internacional da Biblioteca Escolar conduz-nos à reflexão sobre a Inteligência Artificial e o seu impacto, quer no tradicional espaço físico das bibliotecas, quer na própria escrita e, até que ponto é que a IA não põe em causa o papel do escritor, do livro e do leitor, tal como os conhecemos até hoje. Com uma forte utilização pela sociedade e pelos alunos em particular, a IA, chegou inevitavelmente às bibliotecas, trazendo vários desafios ao nível das suas valências, oferta, organização, da sua relação com os utilizadores e destes com a produção, apresentação e aquisição do conhecimento. Portanto, a IA não se trata só de uma revolução tecnológica/ digital, mas também de uma revolução cultural e, cabe à Biblioteca Escolar o importante papel de educar as crianças, desde tenra idade, para a utilização ética das tecnologias de informação, considerando o risco da dependência destas ferramentas e, consequentemente, a perda do espírito crítico, da criatividade e do poder de decisão. Num futuro ideal, as bibliotecas irão, continuar a ser espaços de preservação e transmissão de conhecimento, mais acessíveis, inclusivas e interativas, onde a tradição das estantes irá coexistir com uma nova forma de leitura que permitirá novas experiências literárias. A acompanhar estas mudanças estarão os professores bibliotecários como agentes mediadores e educativos, a ajudar a estabelecer a diferença entre o poder da tecnologia e do saber humano.
Elisabete Gomes
PROGRAMA DE ATIVIDADES
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